Na obra de Sara Ramo, os objetos que nos cercam são deslocados de seus contextos habituais e recompostos em instalações, esculturas ou assemblages. Revelam-se as camadas de tempo e as dimensões simbólicas e sociais que permeiam as coisas, alçadas a uma região de sentido. A artista também produz pinturas onde superfícies vibrantes e carregadas de tinta recordam tanto seres microscópicos quanto paisagens amplas. A sua abordagem pictórica deriva das experimentações da artista com a colagem, reinventando materiais e processos por justaposição e fragmentação. Seus trabalhos retiram a percepção da dormência imposta pelo hábito, reativando o potencial oculto do inanimado e do invisível.

Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se Los trabajos o el juego de la vida, Travesia Cuatro, Madrid, Espanha (2022); Cartas sobre a mesa, MAZ – Museu de Arte de Zapopan, Zapopan, México (2020) e lindaviejalocabruja, Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Espanha (2019). Participou também das coletivas Intimidades Radicais, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil (2022); Arte y Arquitectura; un diálogo, Centro Botín, Santander, Espanha (2020); Véxoa: nós sabemos, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil  (2020) e a 13a Bienal de La Havana, Centro de Arte Contemporáneo Wifredo Lam, Havana, Cuba (2019)

A artista tem obras em importantes coleções públicas, como a Casa di Risparmio di Modena, Modena, Itália; Colección Patricia Phelps de Cisneros, Miami, Estados Unidos; MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Coleção Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Coleção Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; FRAC Auvergne, Clermont-Ferrand, França; Fundación Botín, Madrid, Espanha; Instituto Inhotim, Brumadinho, Brasil; Margulies Collection, Miami, Estados Unidos; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madrid, Espanha; Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, Brasil e Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.