Marina Rheingantz reconfigura a pintura de paisagem em composições que combinam o ordenamento formal de padrões e campos de cor com marcas gestuais instintivas, informada por um arquivo de eventos meteorológicos, memórias, fotografias e lugares. Suas telas produzem amplos espaços imaginários, dissolvendo a topografia em elementos mínimos e alusivos. Expansivas, suas obras privilegiam a textura e o incidente de superfície sobre a nitidez imagética, dando lugar à percepção de uma espacialidade vaporosa e oscilante. Observar seus trabalhos de perto ou de longe faz a atmosfera agitada variar; o que parecia um contorno de lago, montanha ou vista rural torna-se uma marca de tinta bruta e acúmulos empastados sem referente identificável. A artista desdobra questões de sua pintura em tecelagem e em tapeçarias, cuja técnica rítmica e iterativa dá forma a um corpo de trabalho igualmente denso e delicado.
Dentre suas exposições individuais destacam-se Maré, White Cube Mason’s Yard, Londres, Reino Unido (2023); Sedimentar, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2022); Marina Rheingantz, FRAC Auvergne, Clermont-Ferrand, França (2021); Todo mar tem um rio, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2019); Terra Líquida, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil (2016) e Uma hora e mais outra, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil (2013). Dentre as exposições coletivas destacam-se 15th Gwangju Biennale, PANSORI ― a soundscape of the 21st century, Gwangju, Coreia do Sul (2024); Abrasive Paradise, KUNSTHAL KAdE, Amersfoot, Holanda (2022); Nature Loves to Hide, Fortes D’Aloia & Gabriel + Lévy Gorvy, Palm Beach, USA (2021); 1981–2021 Arte Contemporânea Brasileira na Coleção Andrea e José Olympio Pereira, CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil (2021); Casa Carioca, MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2020); Perdona que no te crea, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2019); Mínimo, múltiplo, comum, Estação Pinacoteca, São Paulo, Brasil (2018) e A luz que vela o corpo é a mesma que revela a tela, Caixa Cultural, Rio de Janeiro, Brasil (2017).
Sua obra integra importantes coleções públicas, tais como Centre Pompidou, Paris, França; Pinault Collection, Paris, França; Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil; Inhotim, Brumadinho, Brasil; Instituto Itaú Cultural, São Paulo, Brasil; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil; Lewben Art Foundation, Vilnius, Lituânia; MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Museu Serralves – Museu de Arte Contemporânea,Porto, Portugal; Museum Voorlinden, Wassenaar, Holanda; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; Taguchi Art Collection, Tokyo, Japão; The Alfond Collection of Contemporary Art, Florida, Estados Unidos; The Igal Ahouvi Collection, Tel-Aviv, Israel; The Rubell Family Collection, Miami, Estados Unidos.