WP00148_detalhe


A Fortes D’Aloia & Gabriel tem o prazer de mostrar uma seleção de obras de nossos artistas representados que tece diálogos
orgânicos e espontâneos entre práticas estabelecidas, históricas e emergentes. Anderson Borba e Ernesto Neto combinam a dimensão artefatual da produção manual com as linhas e contornos biomórficos dos corpos, enquanto as esculturas de Erika Verzutti e os desenhos de Tadáskía abrigam formas abstratas que transmitem uma sensação de animação e vivacidade mesmo em repouso. A obra de Rivane Neuenschwander, composta de partes díspares de criaturas, encena a fusão mutante de animais e tecidos, enquanto as pinturas de Luiz Zerbini e Pélagie Gbaguidi combinam matéria terrena com imagens transcendentes e oníricas. As paisagens sintéticas e cartográficas de Frank Walter, as pinturas atmosféricas e meteorológicas de Janaina Tschäpe e as pinturas-objeto têxteis de Leda Catunda são arquivos de metamorfose, onde linhas, campos e contornos se dissolvem em um fluxo contínuo de propriedades transitivas. A pintura histórica de Wanda Pimentel une geometrias arquitetônicas angulares com fragmentos sensuais de silhuetas femininas, enquanto os retratos recortados de Valeska Soares deixam os olhares de mulheres fitando o observador de maneira inquietante. As esculturas de neon de Cerith Wyn Evans e as pinturas em concreto de Rodrigo Cass em linho traçam caminhos e itinerários no espaço, em movimento estático paradoxal. Antonio Tarsis, cujas assemblages reiteram tanto um sentido de construção quanto de ruína, estabelece rimas parciais com a fotografia de Mauro Restiffe, que instancia um registro temporal ambíguo, entre uma arqueologia da arquitetura e uma imagem contemporânea de organização espacial.