Quebracorpo
25 Jan – 28 Feb 2025
Abertura
25 Jan 2025, 15h
Carpintaria
Rua Jardim Botânico 971,
Rio de Janeiro
Como chegar
Alexandre Canonico | Alexandre da Cunha | Anderson Borba | Edgard de Souza | Eliane Duarte | Erika Verzutti | Ernesto Neto | Iran do Espírito Santo | Ivens Machado | Jac Leirner | João Maria Gusmão & Pedro Paiva | Lucia Laguna | Marina Rheingantz | Mauro Restiffe | Nuno Ramos | Rivane Neuenschwander | Rodrigo Cass | Sara Ramo | Sergej Jensen | Valeska Soares
A Fortes D’Aloia & Gabriel apresenta Quebracorpo, exposição coletiva com curadoria de Pedro Köberle e Rafael Baumer na Carpintaria, Rio de Janeiro. A mostra reúne trabalhos de 20 artistas que encarnam ou traduzem fraturas, suturas ou costuras em corpos: a figura humana está ausente ou velada, presente apenas em traços, indícios do fazer ou em vias de desaparecimento. Divisões, farpas, crescimentos e alusões ósseas atravessam a exposição em esculturas, pinturas, vídeos e fotografias, reunindo e dispersando fragmentos díspares por meio de ecos materiais e rimas visuais.
Mauro Restiffe e Lucia Laguna decompõem o espaço por meio de diagonais incisivas, ao passo que os trabalhos de Anderson Borba, Marina Rheingantz e Nuno Ramos acumulam matéria para formar volumes ásperos e acidentados. As esculturas delgadas de Eliane Duarte e Ivens Machado imprimem aspectos de órgãos e ossos retorcidos, refletindo nas obras de João Maria Gusmão & Pedro Paiva e Erika Verzutti, com suas feições esqueléticas e enrijecidas. Alexandre da Cunha, Edgard de Souza, Ernesto Neto e Sergej Jensen partem de elementos têxteis para expandir o espaço por tensão superficial. Com recortes irregulares numa superfície de MDF, Alexandre Canonico intervém sobre áreas em branco com acentos rítmicos. De forma análoga, as peças em concreto de Rivane Neuenschwander, furos moldados em negativo, distribuem-se pelo ambiente expositivo como um sistema de pontuação. Nas esculturas de Iran do Espírito Santo e Jac Leirner, zonas vazias irradiam a energia que mantém os trabalhos no limite da ruptura, como os relevos de Valeska Soares guardam a impressão de gestos humanos evaporados.