Leda_Catunda16_EdouardFraipont05082025Mid


A Fortes D’Aloia & Gabriel tem o prazer de apresentar uma seleção de obras na Art Basel Paris 2025, entrelaçando sensibilidades distintas que ressoam por meio da materialidade, da memória e da imaginação. A apresentação coloca em diálogo artistas que transitam entre intimidade e monumentalidade, o pessoal e o coletivo, traçando linhas através de geografias e gerações.

Os desenhos a óleo sobre papel de Ana Claudia Almeida e os assemblages de caixas de fósforo de Antonio Tarsis reconfiguram materiais frágeis e negligenciados em delicadas constelações de forma e memória. O turbulento relevo em bronze de Erika Verzutti, inspirado nas atmosferas luminosas de Turner, encontra a rede tátil da estrutura tecida de Ernesto Neto, uma obra que evoca comunhão, continuidade orgânica e sensibilidade coletiva. Esses encontros se estendem aos paisagens visionárias de Frank Walter, à escultura áspera em concreto de Ivens Machado e às abstrações atmosféricas de Janaina Tschäpe, onde a fluidez se torna um modo de percepção.

Um coro de vozes pictóricas atravessa a apresentação, partindo das suaves superfícies das pinturas-esculturas de Leda Catunda, das paisagens radiantes de Luiz Zerbini e das imensidões corpóreas nas pinturas de Márcia Falcão, desdobrando-se na consistência meteorológica e na profundidade sedimentar das telas de Sophia Loeb. Tecido e narrativa se revelam nos patchworks de Rivane Neuenschwander, nas pinturas e desenhos em pigmento de grande escala de Pélagie Gbaguidi e nas composições de Rodrigo Matheus, que sobrepõem memória, ambiguidade e crítica. A pintura de Valeska Soares encerra a apresentação com uma meditação sobre a dualidade — entre o visível e o invisível, a presença e o reflexo. Juntas, essas obras formam uma paisagem de intensidades sensoriais e conceituais, afirmando o compromisso da galeria com práticas artísticas experimentais e plurais.

Conteúdo Relacionado