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Nature Loves to Hide

10 – 26 Dec 2021


Lévy Gorvy Palm Beach
Slat House, The Royal Poinciana Plaza
50 Cocoanut Row, Suite 122
Palm Beach, FL

Horários de visitação
Ter-Sáb: 11h — 18h
Dom: 12h — 17h


Abertura

11 Dec, 12h–15h


Projeto Especial


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Press release (PT)

Press release (EN)

Adriana Varejão | Francesco Clemente | Janaina Tschäpe | Lucia Laguna | Lucio Fontana | Marina Rheingantz | Pat Steir | Rivane Neuenschwander | Tu Hongtao | Willem de Kooning | Yves Klein

A Fortes D’Aloia & Gabriel e Lévy Gorvy têm o prazer de anunciar Nature Loves to Hide, uma exposição colaborativa que alude às múltiplas formas pelas quais artistas históricos e contemporâneos abordam a natureza e a paisagem. Inspirando-se no mundo natural, os dez artistas presentes na mostra imbuem-se do aforismo do filósofo grego Heráclito — “a natureza gosta de ocultar-se”  — contemplando em suas obras as esferas culturais, comunitárias e imaginativas compreendidas pelo gênero da paisagem.

 

Lucia Laguna (1941), representada pela Fortes D’Aloia & Gabriel, Francesco Clemente (1952) e Tu Hongtao (1976), ambos representados pela Lévy Gorvy, fazem um trabalho que honra, desconstrói e reimagina a paisagem natural ao redor de suas casas. As pinturas de Lucia Laguna capturam a vibração e vitalidade da flora em torno de seu ateliê no Rio de Janeiro. Sobrepondo construção, intervenção e apagamento, as obras de Laguna constroem uma colcha de retalhos visual que reforça os interstícios entre abstração e figuração.

Inspirada pelas flores encontradas em parques perto de sua casa, a série Winter Flower, de Clemente, captura a beleza e a resiliência da natureza, mesmo nas condições mais adversas. Reinterpretando a tradição vanitas – na qual flores de curta duração evocam a fragilidade da vida mortal – Clemente pintou suas telas em fases metódicas, empregando uma seleção cuidadosa de pigmentos de base botânica.

 

Tu Hongtao recorre à memória emocional e sensorial para formular “impressões profundas” advindas de lugares significativos, incluindo as montanhas ao redor de sua casa em Chengdu, na China. Tu estende a tradição da pintura de paisagem chinesa, retomando o trabalho de predecessores do pós-guerra como Zao Wou-Ki e Cy Twombly, criando novos territórios entre a paisagem e abstração.

 

De forma similar, Janaina Tschäpe (1973), representada pela Fortes D’Aloia & Gabriel, move-se entre a realidade e a fabulação, ocupando a intersecção entre paisagens que foram vistas, sentidas e lembradas. Desde 2003, Tschäpe cria obras vibrantes que envolvem um universo de formas híbridas, às vezes botânicas, às vezes amorfas, alternando entre figuração e abstração. Marcada por pinceladas vigorosas, The Whisperer (2021) alude a sedução da paisagem sublime, temática que definiu a pintura romântica alemã e a literatura de Sturm und Drang.

 

Artistas Adriana Varejão (1964) e Lucio Fontana (1899-1968), respectivamente representados pela Fortes D’Aloia & Gabriel e Lévy Gorvy, valem-se de gestos radicais de abstração e ação para investigar questões culturais e pessoais. Além da Arte Povera, as pinturas conceituais espaciais de Fontana empregam o ato de ruptura que pode ser lido tanto em noções formais quanto sociais. Freqüentemente relacionando a ambientes geográficos ou sociais. Varejão produz pinturas viscerais e escultóricas que interrogam aspectos da história, memória e cultura do Brasil. Suas telas são revestidas com gesso, produzindo na superfície uma rede abstrata, geológica e até mesmo corporal de linhas e fissuras. Azulejo (Moon) (2021) evidencia esse processo, e reforça a pluralidade de  fontes que inspiram Varejão, incluindo a pintura em azulejos portugueses e a cerâmica artesanal pré-hispânica.

 

A artista Marina Rheingantz (1983), representada pela Fortes D’Aloia & Gabriel, além dos artitas Pat Steir (1938)e Willem de Kooning (1904-97), representados pela Lévy Gorvy, recorrem à abstração, fazendo claras referências à topografia, gravidade e dinamismo da terra e da água. Em contraste, Rivane Neuenschwander (1967) e Yves Klein (1928–62), integram a mostra como desdobramentos adicionais às abordagens diversas, com trabalho altamente conceituais que redefinem radicalmente as noções convencionais dos limites do espaço e da terra.

 

Tomadas como um todo, as dez obras apresentadas em Nature Loves to Hide apresentam a magnitude da paisagem natural – tanto experimentadas quanto abstraídas – na arte contemporânea de hoje.

 

 

Imagens