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Ivens Machado

Florianópolis, Brasil, 1942 – Rio de Janeiro, Brasil, 2015

Em parceria com o Acervo Ivens Machado


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CV

Bibliografia

Portfólio


Ao longo de sua obra, Ivens Machado associava a brutalidade da matéria a tensões biológicas primordiais e soluções construtivas da arquitetura vernacular. A recuperação de materiais obsoletos da construção civil e o inacabamento deliberado de seus trabalhos os aproxima de corpos em ruína, ligados a alusões orgânicas e naturalistas. O ferro, o vidro quebrado, o concreto e os destroços como elementos compositivos formam um ataque à suposta pureza da arte gestada pelo modernismo. Em plena ditadura militar, o artista produziu também performances filmadas que encenam a tortura, o conflito racial e a mumificação, configurando uma vertente violentamente política de sua prática, em que conotações de paralisia, exaustão e encobrimento se fazem patentes. O processo de Machado se traduz em desenhos que registram o desmonte da estrutura gradeada do caderno pautado com substâncias corrosivas, numa tática de sabotagem do suporte pictórico. Em todo seu trabalho temos um circuito estabelecido entre o corpo humano, em sua vulnerabilidade constitutiva, e o corpo da escultura, em sua instabilidade inerente.


Entre suas exposições individuais recentes estão Tucci Russo, Torino, 1983, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Ivens Machado, MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil (2019); Ivens Machado, Andrew Krepps Gallery, Nova York, USA (2019); Corpo e Construção, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2018); Ivens Machado, MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil (2016); O Cru do Mundo, Pivô, São Paulo, Brasil (2016). Participou também das mostras coletivas Diagonais, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2022); 1981–2021 Arte Contemporânea Brasileira na Coleção Andrea e José Olympio Pereira, CCBB – Centro Cultural do Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil (2021); Chão de giz, Galeria Luisa Strina, São Paulo, Brasil (2019); Building Material: Process and Form in Brazilian Art, Hauser & Wirth, Los Angeles, USA (2017); On the Edge: Brazilian Film Experiments of the 1960s and Early 1970s, MoMA – Museum of Modern Art, Nova York, USA (2014).


Ivens Machado tem trabalhos em importantes coleções públicas, tais como Blanton Museum of Art – The University of Texas at Austin, Austin, Estados Unidos; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; MAC – Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Niterói, Brasil; MAC USP – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; MAB – Museu de Arte de Brasília, Brasília, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Brasil MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madrid, Espanha Museum Voorlinden, Wassenaar, Holanda; Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil; Palazzo Di Lorenzo, Gibellina, Itália e Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil.