Em instalações, esculturas, gravuras, desenhos e pinturas, Cristiano Lenhardt emprega madeira, papel, linho cru e pigmentos naturais. Além desses materiais orgânicos, o artista também se vale de elementos industriais, como alumínio, cobre e concreto. As propriedades materiais desses objetos, sua aparência à luz ou suas possibilidades plásticas e simbólicas, são exploradas por Lenhardt, em composições que emulam tanto uma abstração geométrica quanto elementos decorativos populares. Em sua série de dobraduras, por exemplo, Lenhardt emprega a dobra como método de desenho, em que a prensagem e a combinação de encaixes jogam com o contraste entre o linho, orgânico e cru, e o alumínio, mais industrial e sintético, para criar zonas de contato através das dobras, que intercalam o metálico do alumínio e a opacidade do papel ou do linho numa só composição geométrica. Analogamente, no seu complexo repertório conceitual, bichos, humanos, plantas e pedras se encaixam com informação digital, televisores e plásticos.
Suas exposições individuais recentes incluem Tempo Elástico Plano São, MAMAM, Recife, Brasil (2022); Raree show 2, Galeria Jacqueline Martins, São Paulo, Brasil (2015) e Matéria Superordinária Abundante, Galeria Amparo 60, Recife, Brasil (2014). Participou também das coletivas The Devil To Pay In the Backlands, Neue Kunstwerein Wien, Viena, Áustria (2022); Flávio de Carvalho Experimental, SESC Pompeia, São Paulo, Brasil (2022); Por um sopro de fúria e esperança – Uma declaração de emergência climática, MuBE — Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia, São Paulo, Brasil (2021); Uma História Natural das Ruínas, Pivô, São Paulo, Brasil (2021); A Burrice dos Homens, Bergamin & Gomide, São Paulo, Brasil (2020) e a 32ª Bienal de São Paulo, Fundação Bienal, São Paulo, Brasil (2016).
O artista tem obras em importantes coleções públicas, incluindo Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil e Coleção Banco do Nordeste, Fortaleza, Brasil.