A prática de Anderson Borba torce e amplia as possibilidades materiais e conceituais da madeira, em totens autônomos ou relevos de parede pendurados. Visando a ambiguidade textural, o artista colore suas peças com óleos e vernizes, reveste-as com colagens de imagens distorcidas, cobre-as com ranhuras e entalhes e queima as superfícies dos volumes. Um traço distintivo na abordagem de Borba é a síntese de técnicas tradicionais e modos contemporâneos de expressão, como imagens manipuladas digitalmente. Orientando-se tanto pelos cânones da história da arte da escultura quanto pelos artesãos autodidatas do interior do Brasil, a abordagem processual do artista leva a abstrações táteis que desencadeiam alusões corporais à medida que circulamos o espaço ao redor delas, mudando nossa percepção de proporção, massa e forma. Ao desequilibrar as distinções entre matéria e imagem, os objetos de Borba adquirem uma aura animista e conotações rituais travessas.
Suas exposições individuais incluem Anderson Borba & Dudi Maia Rosa, Auroras, São Paulo, Brasil (2024); Anderson Borba + Erika Verzutti , Pivô, São Paulo, Brasil (2023); I’ve seen one of these, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2022); The End Begins at the Leaf — Anderson Borba & Antonio Tarsis, BeAdvisors Art, Londres, UK (2021); Anderson Borba & Alex Canonico, Kupfer Gallery, Londres, UK (2021) e Ride the Worm, Set Gallery, Londres, UK (2018).
Participou também das coletivas Ghosts in Sunlight, Thirsk Hall, North Yorkshire, Reino Unido (2024); Nunca só essa mente, nunca só esse mundo, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Comporta 2023, Fortes D’Aloia & Gabriel + kurimanzutto, Comporta, Portugal (2023); Para-raios para energias confusas, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2023); Eccentric spaces, The Artist Room, London, UK; I Could Eat You, Clearing + Fortes D’Aloia & Gabriel + Madragoa, Casa de Cultura da Comporta, Comporta, Portugal (2022); e Tragédia!, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2022).