Módulos Eternos é a primeira exposição do artista carioca Carlos Bevilacqua na Fortes Vilaca. A instalação é composta de sete esculturas de extrema leveza que são suspensas no espaço da galeria.
Os módulos são formas circulares e vazadas, como auréolas ou mandalas, que se desdobram em ângulos retos à altura dos olhos. Quatro deles são pendurados por fios que descem do teto, enquanto outros três se sustentam por cabos presos diagonalmente entre duas paredes, como notas em uma pauta musical. A analogia com a música passa também pelas relações cromáticas. Os módulos são pintados de tons específicos de vermelho e azul que quando se juntam criam a ilusão óptica de um halo branco entre elas. Um fenômeno que o artista compara a um “acorde” assonante.
As esculturas têm uma superfície extremamente lisa e as cores são sólidas. A exposição inaugura o uso do pvc expandido na obra do artista, que trabalha principalmente com madeira e metal, entre outros materiais. Este novo material possibilita a feitura de esculturas grandes e ao mesmo tempo leves e também tem ótima absorção de tinta, permitindo que o artista alcance a vibração exata das cores.
No chão, sob as esculturas, Bevilacqua dispõe um tapete de borracha branca recortada em formas triangulares. Um elemento que realça as relações geométricas entre os trabalhos ao mesmo tempo em que cria para eles um campo visual.