Yuli Yamagata manipula materiais têxteis, resinas e objetos cotidianos prontamente reconhecíveis. O papel central ocupado pela costura na sua prática atesta ao seu procedimento de justaposição e aglutinação de elementos heterogêneos, dando forma a figuras situadas entre o orgânico e o artificial. Os volumes estofados e pelúcias da artista, assim como as cores sintéticas e intensas que ela emprega fazem as suas imagens corpóreas e membros postiços projetarem-se além do quadro ou da moldura, ocupando o espaço circundante com a configuração plástica hiperbólica e fragmentada dos quadrinhos e mangás. Esses aspectos, aliados à frequente aparição de seres insólitos, os títulos sugestivos e a feição costurada de seus trabalhos aproximam sua obra do campo do grotesco, dos filmes de horror e da ficção científica.
Suas exposições individuais recentes incluem Dois pra cá, dois pra lá, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); The new, the old and the hole, Anton Kern Gallery, Nova York, Estados Unidos (2023); Afasta, nefasta, ORDET, Milão, Itália (2022); Nervo, MAC Niterói – Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Niterói, Brasil (2021); Insônia, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2021); Sweet Dreams, Nosferatu, Anton Kern Gallery, New York, USA (2021). Yamagata participou das exposições coletivas Nunca só essa mente, nunca só esse mundo, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); O curso do sol, Gomide & Co, São Paulo, Brasil (2023); The Post-Modern Child, MOCA Busan, Busan, Coreia do Sul (2023) e A sua estupidez, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2022).