As pinturas de Tiago Carneiro da Cunha tratam de embates cósmicos entre forças da natureza e seres híbridos e monstruosos. O artista costuma organizar a ação de suas composições sempre à margem, deixando o centro livre para a circulação de representações de nebulosas, feixes de luz e vórtices de energia. O impasto espesso de tinta a óleo com o qual executa suas formas imprime um sentido de matéria acumulada e fatura manual que remete à escultura, fundamental na prática do artista desde o início de sua trajetória. Aproveitando a iconografia dos filmes B, histórias em quadrinhos e videogames, os seus trabalhos combinam o vocabulário visual da animação com senso de humor irônico. As obras conjugam o impulso crítico da paródia e da caricatura com uma dimensão abertamente lúdica da criação de personagens e cenas sobrenaturais
Entre suas exposições individuais recentes destacam-se Maldita Comédia, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2023); Green Galaxy, Misako & Rosen, Tóquio, Japão (2022) Zona Crepúsculo, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo (2019) e Trânsito dos infernos, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil (2016). Participou também das coletivas Nunca só essa mente, nunca só esse mundo, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Medo de gente, Projeto Vênus, São Paulo, Brasil (2023); Estado Bruto, MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil (2021); Gravedad y Orbita, Tenerife Espacio de las Artes, Santa Cruz de Tenerife, Espanha (2020) e Perdona que no te crea, Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2019).
O artista tem obras em importantes coleções públicas, tais como Arizona State Art Museum, Tempe, Estados Unidos; MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Saatchi Collection, Londres, Reino Unido e SFMoMA, San Francisco, Estados Unidos.