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Darks Miranda

Uma noite perigosa na ilha de Vulcano

26 Nov 2022 – 21 Jan 2023


Abertura

26 Nov, 15h–19h


Carpintaria

Rua Jardim Botânico 971,
Rio de Janeiro

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É com grande prazer que apresentamos Uma noite perigosa na ilha de Vulcano, exposição individual de Darks Miranda (Fortaleza, 1985) no Aquário, espaço frontal da Carpintaria dedicado às novas vozes no circuito da arte contemporânea.  Artista multidisciplinar cuja obra transita pelo cinema experimental e pela escultura, Darks apresenta um conjunto de quatro trabalhos tridimensionais em diálogo com o vídeo que dá nome à mostra.

 

Uma noite perigosa na ilha de Vulcano (2022) foi construído a partir de cenas de paisagem extraídas de filmes antigos de ficção científica, sugerindo o cenário de onde as esculturas da artista poderiam ter emergido. Ao mesmo tempo, essas obras parecem objetos cênicos dos filmes coletados – seres feitos de materiais protéticos, camuflados em penas, látex, resina e tinta spray.  Essa via de mão dupla entre as esculturas e o vídeo é o cerne da exposição da artista e revela uma dimensão arqueológica: Darks Miranda revira arquivos cinematográficos, os misturando com a produção de materiais forjados de uma civilização interplanetária.

 

Uma das sete luas que verá quando beber o veneno verde de João Carpinteiro (2022), é uma escultura que alude ao cineasta de horror John Carpenter. O objeto de parede está entre um espelho corroído por um material tóxico e um corpo sideral. Pança e frutas terraforme (2022) também parece feita de uma substância desconhecida, uma poça metálica cuja feição líquida vai de encontro à sua fundição pesada em bronze. Os contornos derretidos dessas últimas obras dão lugar à verticalidade de tótem de Neblina (2022) e O segundo pássaro (2022), duas esculturas feitas a partir de materiais sintéticos diversos. A primeira lembra um monolito alienígena, a segunda é uma forma ambígua, entre um pássaro mítico, um objeto de culto ritual e uma espaçonave emplumada. O registro temporal das obras é incerto – dentro do que a artista chama de “ficção científica do passado” – e elas parecem vir de uma dimensão paralela.

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Obras

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