John Bock
The Death of Raymond Roussell
29 May – 28 Jun 2003
Galeria Fortes Vilaça
A Galeria Fortes Vilaça tem o prazer de apresentar a exposição The Death of Raymond Roussell do artista alemão John Bock. São cinco esculturas e onze desenhos.
Bock ficou conhecido por suas obras envolvendo performances, já apresentadas em lugares consagrados da arte contemporânea como a Bienal de Veneza e a Documenta de Kassel, e também em outros espaços menos usuais como um carro ou um bote descendo um rio.
Suas ações, ou "palestras" como ele gosta de chamá-las, acontecem em espaços que ele mesmo cria empregando uma arquitetura rudimentar e improvisada e objetos do cotidiano. O artista participa ativamente em suas instalações, pedindo muitas vezes também a participação do público, de atores e até de animais. Seu trabalho integra diferentes vocabulários, passando pelas artes visuais, moda, poesia, teatro e teorias econômicas (o artista tem formação nesta área).
Nas cinco obras expostas na Fortes Vilaça, câmeras de circuito interno transmitem a imagem do espectador para monitores colocados em lugares especiais nas esculturas. Em um dos trabalhos, a imagem do espectador aparece na cabeça de um bicho, espécie de coelho gigante. Em outro, o visitante deve deitar-se dentro de uma enorme caixa de papelão, onde bonecos feitos com roupas usadas aparecem na mesma posição, criando uma pequena confusão entre o objeto e o espectador. Nos desenhos, John usa com freqüência diagramas de marketing e tabelas econômicas fictícias, um parodoxo de familiaridade e estranheza às salas de reunião de qualquer grande empresa.
O título desta exposição faz referência ao escritor Francês Raymond Roussell, cujo célebre peça teatral Impressions d'Afrique influenciou o grupo surrealista. Outras influências de Bock são os trabalhos de Paul McCarthy, Joseph Beuys e dos movimentos, Fluxus, Viennese Actionismus: "Se Mathew Barney, Joseph Beuys e Bertold Brecht podem ser chamados de mestres dos assuntos complexos e indissolúveis, John Bock assim como nenhum outro em sua geração tem grandes chances de entrar para sua augusta companhia" diz o curador Yilmaz Dziewi, do Museu Ludwig, em Colônia.
Esta é a primeira vez que John Bock mostra seu trabalho na América Latina. O artista expôs amplamente em museus e galerias nos Estados Unidos e Europa, além de ter participado da Documenta XI, da 48ª Bienal de Veneza, das bienais de Berlin e Valencia e da Trienal de Yokohama, no Japão.