Agnieszka Kurant

Phantom Capital

21 Feb – 23 Mar 2013


Abertura

21 Feb, 19h–22h


Galeria Fortes Vilaça


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Press Release

Em sua primeira exposição individual no Brasil, a artista polonesa Agnieszka Kurant apresenta uma série de trabalhos que tem como fio condutor o seu interesse por elementos fugazes, por forças intangíveis ou invisíveis e pela troca de valores simbólicos. Buscando referência na história, ciências e literatura, Kurant investiga como fantasmas, ficção e rumores influenciam sistemas sociais, econômicos e políticos de nosso mundo contemporâneo. A artista explora o status híbrido e mutável dos objetos. Analisando os campos desconhecidos do conhecimento, da manipulação do consciente coletivo, a artista procura furos na lógica que confunde e informa nosso entendimento da realidade.

Na obra Phantom Library, a artista produz livros imaginários, títulos que nunca foram escritos, lidos ou publicados mas que aparecem em livros reais de autores como Stanislaw Lem, Roberto Bolaño eJorge Luis Borges, entre outros. Kurant os apresenta como objetos esculturais para os quais ela comprou números de ISBN e adquiriu códigos de barra dando-lhes assim um status no mundo material.

Maps of Phantom Island é um mapa-múndi que retrata ilhas inexistentes, observadas como miragens ou inventadas por exploradores do passado e colocadas em importantes mapas através da história da cartografia. Estes territórios fictícios quase sempre levam a conflitos políticos reais. Os mapas são impressos com tinta termo sensível que faz a imagem desaparecer ou aparecer conforme a temperatura.

Em112,52 MHz, – o título da obra muda de acordo com a frequência de rádio utilizada na exposição -, um toca-fitas com um rádio transmissor emite o som de pausas silenciosas extraídas de diferentes discursos políticos, intelectuais ou econômicos. O som é captado por uma antena que o retransmite para um rádio em um terceiro espaço da exposição. A fita com a compilação de silêncios é, por sua vez, a concretização de um trabalho fictício existente no conto de Heinrich Boll “Murke’s collected Silences” (1955).

MacGuffin é uma escultura em forma de tapete embaixo do qual algo se move misteriosamente como um fantasma. O título da obra se refere à umtermo narrativo proposto por Alfred Hitchcock. Em The End of Signature os espectadores são encorajados à assinar folhas em branco e coloca-las dentro de um monólito preto que se assemelha a uma urna de votação. Todas as assinaturas subsequentemente são escaneadas e processadas com um software que as transforma em uma única assinatura da inteligência coletiva. Como outros trabalhos na exposição, Endless Second, – uma escultura em forma de um meteorito que “magicamente” levita no ar -, aos poucos revela o universo do desconhecido que alimenta a obra conceitual de Agnieszka.

Agnieszka Kurant nasceu em 1978 na Polônia e vive e trabalha em Nova York. Ela representou seu país natal na Bienal de Veneza em 2010 com um trabalho em colaboração com a arquiteta Aleksandra Wasilkowska. Já participou de exposições individuais e coletivas tais como: CoCA, Torun, PL (2012); Witte de With, Rotterdam (2011); Performa Biennial, Nova York (2009); Athens Biennale (2009); Frieze Projects, London (2008), Moscow Biennale (2007); Tate Modern, London (2006); Mamco, Geneva (2006) and Palais de Tokyo, Paris (2004); entre outras. Foi artista residente na Location One, Nova York (2011-2012); Paul Klee Center (Sommerakademie), Bern(2009);  ISCP, New York (2005); e Palais de Tokyo (2004). Em 2009 ela foi finalista do International Henkel Art Award (MUMOK, Vienna). Sua monografia Unknown Unknown foi publicada pela editora Sternberg Press em 2008.

Gostaríamos de agradecer o apoio do Consulado Polonês em São Paulo para a realização desta exposição.

Imagens