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Lucia Laguna

Se hace camino al andar

13 Mar – 15 May 2021


Carpintaria

Rua Jardim Botânico 971,
Rio de Janeiro

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A Carpintaria tem o prazer de apresentar Se hace camino al andar, individual de Lucia Laguna. Essa é a primeira exposição da artista no Rio de Janeiro desde Enquanto bebo a água, a água me bebe, panorâmica dedicada à sua obra no Museu de Arte do Rio, em 2016.

Nestas novas pinturas produzidas entre 2020 e 2021, Laguna reforça a indissociabilidade que há entre seu processo artístico e o espaço de seu ateliê, situado na Zona Norte do Rio de Janeiro. É a partir da vista de sua janela e do seu jardim – um corredor de plantas que recebe diariamente as mãos da artista – que ela compõe suas paisagens.

“Em outra época meu trabalho fazia referência às vias expressas, a uma cena mais urbana. Mas essa série é totalmente orgânica, é uma paisagem menos estendida, voltada para o meu jardim. Ele é o protagonista.” O tempo interior da pintora escoa para o tempo da pintura. Um novo corpo de trabalho que carrega marcas do confinamento. “Antes eu via paisagem, eu via ruas, construção, horizontes. Por questões do momento estou exclusivamente em casa. Só acesso outras imagens nos meus próprios livros e no meu entorno”.

Seu jogo pictórico é de natureza empírica. “Quando começo um quadro, não sei onde vai parar. Existe uma direção geral, mas não um limite”. O ponto de partida são proposições que a artista faz aos seus assistentes, que começam o processo delimitando linhas sobre a superfície da tela, inserindo figurações e outros sinais gráficos. Ao assumir a execução da obra, Lucia ingressa em um processo de desconstrução do que ali já estava. Num exercício ambíguo de intervenções e apagamentos que se dão com a pintura de outras camadas e detalhes, novos cenários são construídos. Nesse corpo de trabalho, Laguna dá sequência ao método de vedação temporária com faixas de fita para preservar áreas da tela e tomar decisões em tempos distintos. Um quadro de Lucia Laguna deve ser visto, portanto, como uma trama de acontecimentos pictóricos onde nada se apaga e tudo é acúmulo.

Lucia Laguna nasceu em Campos dos Goytacazes (RJ) em 1941. Formou-se em Letras em 1971, passando a lecionar Língua Portuguesa. Em meados dos anos 1990, começou a frequentar cursos de Pintura e História da Arte na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, e realizou sua primeira individual em 1998. Ganhou em 2006 o Prêmio Marcantônio Vilaça do CNI SESI. Entre suas exposições individuais recentes, destacam-se: Lucia Laguna, Fortes D’Aloia & Gabriel (2020) Vizinhança, MASP (São Paulo, 2018); e Enquanto bebo a água, a água me bebe, MAR (Rio de Janeiro, 2016). Suas principais coletivas incluem participações em: 30ª Bienal de São Paulo (2012), 32º Panorama da Arte Brasileira, MAM-SP (2011), Programa Rumos Artes Visuais do Itaú Cultural (São Paulo, 2005–2006). Sua obra está presente em importantes coleções públicas, como MASP, MAM-SP, MAM-RJ, MAR, entre outras.

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