IM00049_Untitled_DDR2

Ivens Machado

Florianópolis, Brasil, 1942 – Rio de Janeiro, Brasil, 2015

Em parceria com o Acervo Ivens Machado


Download

CV

Bibliografia

Portfólio


Ao longo de sua obra, Ivens Machado associou a brutalidade da matéria a tensões biológicas primordiais e a estratégias construtivas oriundas da arquitetura vernacular. O uso de materiais de construção obsoletos e o inacabamento deliberado de suas peças as assemelham a corpos arruinados, impregnados de alusões orgânicas e naturalistas. Ferro, cacos de vidro, concreto e entulho, utilizados como elementos compositivos, constituem um ataque à suposta pureza da arte na modernidade. Durante a ditadura militar no Brasil, Machado também produziu performances filmadas que encenavam tortura, conflito racial e mumificação, revelando uma dimensão violentamente política de sua prática — na qual vêm à tona noções de paralisia, exaustão e ocultamento. Seu processo também se estendeu ao desenho, sobretudo em trabalhos que registram o desmantelamento das grades de cadernos pautados por meio de substâncias corrosivas, submetendo o suporte pictórico a uma tática de sabotagem. Em todo o seu corpo de trabalho, Machado estabelece um circuito entre o corpo humano, em sua vulnerabilidade constitutiva, e o corpo escultórico, em sua instabilidade intrínseca.


Entre suas exposições individuais recentes estão
Ivens Machado & Harmony Hammond, auroras, São Paulo, Brasil (2025); Ivens Machado, Carré d’Art – Musée d’Art Contemporain de Nîmes, Nîmes, França (2025); Tucci Russo, Torino, 1983, Fortes D’Aloia & Gabriel | Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Ivens Machado, MON – Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil (2019); Ivens Machado, Andrew Krepps Gallery, Nova York, USA (2019); Cru do Mundo, Pivô, São Paulo, Brasil (2016). Participou também das mostras coletivas  Vai, Vai Saudade, MADRE – Museu d’Arte Contemporanea Donnaregina, Napoli, Itália (2024); Diagonais, Fortes D’Aloia & Gabriel, São Paulo, Brasil (2022);  Building Material: Process and Form in Brazilian Art, Hauser & Wirth, Los Angeles, EUA (2017) e On the Edge: Brazilian Film Experiments of the 1960s and Early 1970s, MoMA – Museum of Modern Art, Nova York, USA (2014)


Ivens Machado tem trabalhos em importantes coleções públicas, tais como Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, Madri, Espanha; Museum Voorlinden, Wassenaar, Países Baixos; Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil; MAC USP – Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil; MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Blanton Museum of Art – The University of Texas at Austin, Austin, Estados Unidos; Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, Brasil; MAC – Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Niterói, Brasil; MAB – Museu de Arte de Brasília, Brasília, Brasil; MAM – Museu de Arte Moderna da Bahia, Salvador, Brasil; Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil; Palazzo Di Lorenzo, Gibellina, Itália.